quarta-feira, abril 13, 2016

Shakespeare era misógino?


Desde que decidi ler o teatro completo de Shakespeare, algumas pessoas vieram me sugerir, e outras até afirmaram categoricamente, a misoginia do dramaturgo. Ainda no início do projeto, não me sentia habilitada para acolher ou refutar essa tese, mas busquei analisar essa questão ao longo das leituras. De acordo com o dicionário Michaelis, "misoginia" significa "Antipatia, aversão mórbida a mulheres". O Houaiss descreve como "Ódio ou aversão a mulheres". Consideradas essas definições, sinto-me inclinada a discordar.

Algo que se percebe nitidamente quando se busca o aprofundamento ou a simples familiarização com a obra do bardo é o seu interesse no potencial humano — para o bem ou para o mal. Para isso, o autor explorava os mais diferenciados dilemas humanos, sob perspectivas também diversas: a ambição, os ciúmes, o complexo de inferioridade, o desejo de poder, a responsabilidade que vem com esse poder, o amor sincero e o amor fátuo, a discriminação racial, a crueldade, o destino e o sentido da vida, o peso das escolhas, a superficialidade dos atos, a desordem social, a imoralidade, a ingenuidade, o egoísmo, o auto centramento alienante, a rigidez de leis e princípios, a oposição entre bom senso e intransigência, a violência conflagrada, entre inúmeras outras questões essenciais à compreensão do humano. 

É fato que a abordagem shakespeariana nunca resvala para o moralismo. Shakespeare jamais poderá ser descrito como dramaturgo militante de qualquer causa. Não por acaso, o autor foi apontado como "gênio original" pelos autores do pré-romantismo e do romantismo alemão, dentre outras razões por sua consciência plena da natureza (do mundo). Essa perspicácia sem julgamento chegou a incomodar o poeta e filósofo Schiller, que considerou o bardo demasiadamente frio em sua recusa por uma abordagem crítica. Barbara Heliodora, em contrapartida, acreditava que, mesmo sem conclusões moralistas, Shakespeare tinha em mente o bem da comunidade.

As mulheres enquanto vítimas

 

Fico me perguntando em que sentido as peças e personagens de Shakespeare poderiam indicar um ódio específico pelas mulheres. Há alguns casos muitos comentados de violência física ou psicológica contra as personagens femininas, como por exemplo o da peça A Megera Domada, onde a irascível Catarina é obrigada a se casar com o grosseiro e opressor Pretucchio, e o do assassinato da inocente Desdêmona por Otelo. Há mais casos de violência — direta ou sugerida — contra a mulher em peças menos conhecidas.

Em Tito Andrônico, o general que dá nome a peça decide se vingar de uma série de traições que incluíam o estupro e a mutilação de sua filha, Lavínia, ordenada pela rainha dos Godos, Tamora. É uma das peças mais violentas de Shakespeare, com imagens fortíssimas, como por exemplo Lavínia perambulando ensanguentada, sem as mãos e a língua. A violência brutal contra a mulher está presente, de fato, mas Tito se vinga matando,  triturando e cozinhando os filhos de Tamora, e oferecendo-os à inimiga num jantar. Ignorante da chacina, Tamora come os filhos. O ódio cego e a violência desmedida são patentes nos atos de ambos, não há superioridade moral de um em relação a outro: ambos sofrem e ambos são vis.

Há duas peças onde mulheres decidem se disfarçar de homens para se proteger quando se encontram sozinhas: Como Gostais e Noite de Reis. Não é dito claramente do que se protegem, mas podemos imaginar.

Em Tróilo e Créssida, peça que se passa em Troia, tanto a protagonista quanto Helena são cortejadas de modo asqueroso e têm de se prostituir para sobreviver em meio a soldados e políticos corruptos. É como se a sociedade marcada pelo vício as impelisse à devassidão. A opção seria a morte — como acontece com Romeu e Julieta quando eles não aceitam se sujeitar aos vícios da cidade onde vivem.

Em A Megera Domada, temos uma das peças de Shakespeare mais pessimistas quanto à condição feminina. Catarina é obrigada pelo pai a se casar com um homem que despreza e que a subjuga. 

CATARINA — Minha, apenas, é toda a afronta. Tive de, forçada, ceder a mão, contra a vontade própria, a um sujeito estouvado, tipo excêntrico, que ficou noivo à pressa e ora pretende casar-se com vagar. Bem que eu vos disse que era louco varrido e que escondia sob a capa de amargas brincadeiras a grosseria própria. Porque alegre sujeito parecesse, pediria de mil jovens a mão, marcara a data do casamento, convidara amigos, fazendo publicar logo os proclamas, sem pretender, porém, casar-se nunca. A pobre Catarina doravante vai apontada ser por toda a gente, que dirá: “Olha a esposa de Petrucchio, quando Petrucchio se casar com ela!"

Antes do final desanimador no qual Catarina é "domada", a personagem reage enquanto pode. O tom da peça, no entanto, é exagerado e artificial, aproximando-se da sátira. Se o humor do dramaturgo muitas vezes se caracterizava pelo escracho em atendimento às expectativas do público, Shakespeare, ao mesmo tempo, soube desenvolver muito bem o subtexto, a mensagem habilmente cifrada através da qual podia descortinar vícios sem ser condenado à forca (isso ocorria principalmente nas questões políticas desenvolvidas nos dramas históricos). Nessa comédia, mais que exaltar uma cultura machista, Shakespeare evidencia essa injustiça através de um humor excessivo e irônico.

PETRUCCHIO — Ó vagarosa rolinha, um gavião irá apanhar-te? 
CATARINA — Bruto seria para uma rolinha. 
PETRUCCHIO — Vamos, vespa; ferina sois bastante. 
CATARINA — Sendo eu vespa, cuidado com o ferrão. 
PETRUCCHIO — Há remédio para isso: arranco-o logo. 
CATARINA — Sim, no caso de o tolo vir a achá-lo. 
PETRUCCHIO — Quem não sabe onde as vespas o têm sempre? No corpinho. 
CATARINA — Na língua. 
PETRUCCHIO — Como! língua? Língua de quem? 
CATARINA — Na vossa, se em corpinho vindes falar-me. Adeus. 
PETRUCCHIO — Como! Com minha língua em vosso corpinho? Não, Quetinha; voltai; sou um cavalheiro. 
CATARINA — Vou ver isso. (Bate-lhe.) 

Retomemos Otelo. O general possui uma retidão ingênua que não comporta a crença na falsidade alheia. Porque julga a todos como a si mesmo, Otelo não percebe a mentira de Iago.  Dominado pelos ciúmes e pelo complexo de inferioridade que Iago incute em seu espírito, Otelo tampouco é capaz de constatar a impossibilidade temporal de Desdêmona ter efetuado os atos de traição de que é acusada. Desdêmona, igualmente inocente, defende a virtude do marido e sua fidelidade a ele até os suspiros finais. O que essa peça está nos dizendo sobre os personagens? Que Otelo era ingênuo e insensato e que Desdêmona era honesta e fiel. Como, então, justificar o ódio e a aversão do dramaturgo em relação  às mulheres?

Ophelia (John Everett Millais)


Em outra célebre tragédia, Hamlet, Ofélia é tratada pelo protagonista com palavras ríspidas. Ocorre que o príncipe da Dinamarca estava se fingindo de louco para investigar as traições de que tem suspeita. Ofélia, que havia sido orientada pelo pai a rejeitar as investidas amorosas de Hamlet, acredita-se responsável pela insânia do rapaz e, consumida pela culpa, acaba também delirante, até que, num devaneio, afoga-se. Quem terá vitimado Ofélia? Sua autocrítica ou o jogo fingido entre Hamlet e Petrônio? Ambas interpretações são válidas, o que não é estranho num texto tão ambíguo quanto Hamlet. E é interessante ressaltar que é dos lábios de Ofélia que sai a revelação cifrada do caráter dos personagens. Já delirante, Ofélia oferece flores a cada um dos personagens na cena e cada tipo de flor representa o vício do personagem que a recebe:
OFÉLIA — Para vós, funcho e aquiléia (adulação e insensatez, para o rei); arruda para vós (adultério, para a rainha), e um pouco para mim, também. Poderemos chamar-lhe erva da graça dos domingos, mas a vossa deverá ser usada de outro jeito. Eis aqui uma margarida (inocência e justiça, não oferecida a ninguém). Quisera dar-vos algumas violetas (fidelidade e modéstia), mas murcharam todas, quando meu pai morreu . Dizem que ele teve um fim muito bonito. (Canta) Para o doce pintarroxo é toda minha alegria! 

É na loucura que Ofélia entende os acontecimentos e toma coragem para enunciá-los, ainda que de forma enigmática. 

Considerando os exemplos acima, fica difícil negar a presença constante da violência dirigida à mulher  no teatro de Shakespeare. No entanto, é preciso cautela antes de interpretar essa tematização pelo filtro da apologia. Numa comédia que é considerada por muitos teóricos a primeira de Shakespeare — A Comédia dos Erros —, há um diálogo entre duas irmãs onde se discute exatamente a condição feminina, de modo claro e do ponto de vista feminino:

ADRIANA: Por que hão de ser mais livres do que nós?
LUCIANA: Porque fora de casa tem negócios.
ADRIANA: Se com ele deste modo eu procedesse, 
ficaria zangado.
LUCIANA: Não ignoras
que da tua vontade é freio o esposo.
ADRIANA: Frear se deixam tão-somente os asnos.
LUCIANA: A liberdade indócil é domada
pela própria desgraça. Não há nada
sob a vista do céu que não se mova
num limite restrito, assim na terra
como no ar e no mar. Todas as fêmeas
dos animais, dos pássaros, dos peixes
seguem ao macho e em tudo lhe obedecem.
O homem, ser mais divino, senhor deles,
dono do mundo todo, do mar vasto,
que a superioridade do intelecto
pôs acima de pássaros e peixes,
da esposa é dono e mestre. Assim alegre,
com ele em tudo concordar te cumpre.
ADRIANA: Tanta humildade condiz mais com freira.
LUCIANA: O medo é que me faz ficar solteira.
ADRIANA: Casada, talvez fosse uma harpia.
LUCIANA: A obedecer, de noiva aprenderia.
ADRIANA: Se teu esposo a outra mulher amasse?
LUCIANA: Em casa aguardaria o desenlace. (grifos meus)

O diálogo destacado acima é repleto de significado. Na fala mais extensa, proferida por Luciana, o bardo reproduz o senso comum da época, ou seja, a ideia de que a mulher deve obediência ao homem. As falas mais vivas do diálogo, contudo, são as seguintes, quando as personagens, de certa forma, contestam a humildade excessiva e consideram evitar o matrimônio para escapar do sofrimento. Tal como Catarina, de A Megera Domada, as personagens femininas de A Comédia dos Erros estão conscientes de sua condição e estão dispostas a contestá-la. Essa abordagem reiterada, inclusive nos trabalhos do início da carreira, indicam o interesse que o dramaturgo tinha em discutir esse assunto, e as falas destacadas dessas duas peças  não contribuem para uma tese de manutenção da opressão feminina. A refutação dessa teoria pode ser reforçada se considerarmos que Shakespeare também construiu personagens femininas astutas e tirânicas.


As mulheres astutas

Não é só como vítimas que as mulheres são representada no teatro shakesperiano.  Algumas vezes, elas aparecem com uma inteligência acima da média, sendo capazes de enganar e manipular outros personagens por motivações muito distintas, como a auto preservação, como um modo de atender aos próprios caprichos ou com vistas a restabelecer a harmonia na comunidade.

Em Como Gostais, Rosalinda, a favorita de Harold Bloom, engana o homem amado e se diverte às custas dele, ainda que sem maldade. Em As Alegres Comadres de Windsor, a Senhora Ford e a Senhora Page conseguem se manter íntegras ao se evadir do plano de Sir Falstaff de cortejá-las, e ainda aproveitam para castigá-lo por sua insolência. A Senhora Ford, com muita astúcia, também consegue desbaratar o plano de seu marido ciumento de surpreendê-la em flagrante traição. (Sobre esse caso, Harold Bloom afirma que há uma série de personagens masculinos indignos de suas esposas nas peças de Shakespeare). Julieta, consciente do amor volúvel de Romeu, só aceita se entregar após o casamento. Em Noite de Reis, toda a peripécia se deve ao plano da empregada Maria de pregar uma peça no pedante Malvolio. Em O Mercador de Veneza, a rica herdeira Pórcia não só consegue se casar com o homem escolhido por ela, como frustra os planos de vingança do agiota Shylock, enredando-o numa armadilha e definindo sua punição. A jovem e plebeia Helena, de Bem Está o que Bem Acaba, trapaceia o homem amado com dois estratagemas, além de curar o rei de França de uma doença misteriosa — o que o leva a premiá-la com a escolha de um marido nobre.

Como se vê, Shakespeare era bastante simpático à ideia de por a mulher em posição de destaque e de fazê-lo de modo positivo, atribuindo-lhe inteligência, determinação, sensatez e poder de influência.


As mulheres tirânicas


A construção de personagens em Shakespeare é eficiente o bastante para conferir a devida complexidade tanto a homens quanto a mulheres. Se, como vimos anteriormente, elas foram representadas tanto em posição vulnerável quanto em demonstração de sagacidade, não faltarão os momentos em que elas se ocuparão da atividade opressora, impondo-se em relação aos homens, insurgindo-se contra eles de modo violento.

Já citei acima a vingança de Tamora contra Tito Andrônico,  executada através da encomenda do estupro e da mutilação de Lavínia, filha de seu inimigo. A violência, embora infligida diretamente contra outra mulher, teve como alvo o general romano. 

No entanto, quando se trata de personagens femininas terríveis, os leitores de Shakespeare lembram-se mais de Goneril e Regan — as filhas ingratas do idoso Rei Lear que o abandonaram sem posses e sem poder — e, principalmente, de Lady Macbeth, a ambiciosa esposa do general escocês que o inflama a buscar o reinado através do assassinato. É ela que repreende e constrange Macbeth, ridicularizando-o por sua fraqueza, quando ele reconsidera o regicídio. Ela irá pagar com a loucura e com a vida por sua ambição desmedida, mas a expiação de seu cônjuge será igualmente fatal.


A violência em números

Um modo de investigar se Shakespeare tinha alguma espécie de ódio ou antipatia em relação às mulheres é contabilizar as mortes ocorridas nas peças. Para isso é preciso levar em consideração que nos dramas históricos Shakespeare recontava a história da Inglaterra e portanto não podia escolher quem iria matar. Já nas comédias era raro que alguém morresse porque o que caracteriza esse gênero dramático é exatamente o desfecho harmônico e mais ou menos pacífico.

Sobram as tragédias, cujas mortes podemos avaliar através do infográfico abaixo:




Romeu e Julieta: quatro homens (três por punhaladas* e um por auto envenenamento) X duas mulheres (uma por suicídio através de punhalada  e a outra de sofrimento);

Hamlet: seis homens (quatro por punhaladas e dois decapitados) X duas mulheres (uma envenenada por engano e outra afogada num suicídio acidental);

Othelo: dois homens (os dois por punhalada, um deles se suicidou) X duas mulheres (uma por punhalada e a outra por sufocamento com um travesseiro);

Macbeth: seis homens (cinco por punhaladas e um decapitado) X duas mulheres (uma por punhalada e outra por exaustão decorrente  de insônia e delírio) X duas crianças (punhalada);

Antônio e Cleópatra: dois homens (punhalada e vergonha) X três mulheres (auto envenenamento, morte súbita e picada de cobra);

Julio Cesar: quatro homens (três por punhalada e um por esquartejamento) X uma mulher (ingestão de carvão quente);

Rei Lear: cinco homens (um por choque emocional, três por punhalada e um de desgosto)  X três mulheres (uma se mata com punhalada, outra é envenenada e a última é enforcada);

Tito Andrônico: onze homens (quatro por punhalada, um é esquartejado e queimado, dois são decapitados, dois são cozidos depois de mortos por punhalada, um é enforcado e o último é enterrado e morre de fome) X três mulheres (uma por indigestão, a outra por punhalada depois de mutilada e a última por punhalada);

Coriolano: um homem por esquartejamento;

Timão de Athenas: um homem - o infográfico diz que ele "se joga", mas na peça não fica muito claro, pode ter sido de desgosto;

Conto de Inverno: um homem, perseguido por um urso.

São 43 homens contra 18 mulheres, uma diferença expressiva ainda que se considere o maior número de personagens masculinos em cada peça. Em três tragédias, a morte de personagens femininas sequer acontece. É claro que esses números evidenciam a violência mais extrema, estando desconsideradas a violência psicológica, a violência física não fatal e outros tipos de opressão, além do fato de que muitas mortes se deram por suicídio e desgosto, o que não implica violência direta. O assassinato, contudo, é um indicador importante a se considerar numa reflexão quanto a uma possível misoginia de Shakespeare. E essa tese se torna particularmente frágil se a confrontamos com os momentos em que as mulheres são representadas como indivíduos astutos ou tirânicos.

Caso se argumente que a misoginia em Shakespeare se revela através do discurso, e a longa fala de Luciana no excerto acima seria um exemplo disso, é preciso ter em mente que o dramaturgo não fazia qualquer espécie de concessão ou atenuação na construção de seus personagens ou na produção de falas de humor. Não eram incomuns piadas sobre gordos ou de cunho sexual, comentários xenofóbicos e raciais. Sendo o texto dramático composto majoritariamente de falas, o único modo de demonstrar a psicologia dos personagens é através delas. E numa obra dramática de vulto, como em grande parte das obras literárias de qualidade (as pós românticas em especial, o que indica a extrema modernidade do autor), a pluralidade e a imparcialidade vencem a intenção didática e apologética.

Quando Hamlet se finge de louco, não pode prever a loucura de Ofélia. Se a morte de Lavínia pelo próprio pai é inexplicável e desnecessária, também o são as mortes da maioria dos personagens de Tito Andrônico (catorze no total, onze de personagens masculinos). Há mais complexo de inferioridade (decorrente de uma rejeição por sua raça e origem) no impulso que leva Otelo a assassinar Desdêmona que propriamente ódio pelas mulheres. De modo que, ainda que se possa apontar a misoginia (ou a gordofobia, ou a xenofobia...) em inúmeros personagens de Shakespeare, não se pode afirmar as mesmas posturas em relação ao autor somente através da análise de suas peças.

Creio que as observações acima permitem concluir que o apontamento de falhas e vícios humanos é explorado nas peças de Shakespeare sem distinção de gênero. Não é possível considerá-lo misógino  quando se examina sua obra dramática na totalidade e com o cuidado devido. E mais: dentro de sua abordagem perspicaz e imparcial do ser humano, pode-se identificar um interesse recorrente em relação à condição feminina.


Bibliografia de apoio:

Falando de Shakespeare, Barbara Heliodora
Por que ler Shakespeare, Barbara Heliodora
Shakespeare - a invenção do humano, Harold Bloom
Shakespeare - o gênio original, Pedro Sussekind
Shakespeare - Teatro Completo (Tragédias, Comédias, Dramas Históricos), em tradução de Carlos Alberto Nunes
Sobre Shakespeare, Northrope Frye

* Optei por "punhaladas" para facilitar a contagem, mas nem todas as mortes se deram com punhal. Algumas foram com facas ou espadas.

Um comentário:

joao gustavo disse...

Muito bom o seu texto,parabéns!Estava buscando algo sobre o assunto,comecei a ler as obras de Shakespeare recentemente e estou adorando.Acabdei de terminar de ler a megera domada e seu texto me ajudou numa maior reflexão sobre a obra.Muito obrigado.